A concessão do diploma está atrelada ao projeto Diplomação da Resistência, realizado em parceria pela Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento, Pró-Reitoria de Graduação da Universidade de São Paulo, Gabinete da Vereadora Luna Zarattini e Coletivo Vermelhecer. O projeto Diplomação da Resistência propõe a concessão de título honorífico a estudantes da USP, cujas trajetórias foram identificadas e reconhecidas pela Comissão da Verdade instituída pela Universidade de São Paulo.

Filho de imigrantes perseguidos em seu país natal pelo fascismo de Mussolini, ele chegou ao Brasil com nove anos de idade. Na infância, morou em São Vicente e Caraguatatuba, no litoral paulista. No início da adolescência, mudou-se para Mogi Das Cruzes, onde cursou o técnico-científico (atual ensino médio) no Instituto de Educação Washington Luiz, concluindo sua formação em 1962 e dando início a sua participação no movimento estudantil no interior paulista. Fez parte do Centro de Cultura Popular e, em pouco tempo, foi eleito um dos dirigentes da União Nacional dos Estudantes. Em 1962, ingressou no Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Após passar pela Faculdade de Arquitetura da USP, matriculou-se no curso de Filosofia.

No dia 28 de outubro de 1972, ao entrar na casa do operário e militante político Rubens Carlos Costa, na Vila Carrão, zona leste de São Paulo, Antonio Benetazzo foi surpreendido com a presença de policiais que o levaram detido para a sede do Destacamento de Operações de Informação — Centro de Operações de Defesa Interna de São Paulo (DOI-CODI/SP), onde foi torturado e morreu em decorrência dos ferimentos sofridos.

Contamos com sua presença nesta cerimônia tão significativa.