O Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (PPG-AU FAU-USP), criado em 1972, é um dos mais antigos do país. Em 1980 iniciou a formação de pós-graduandos de doutorado, e até 1998 foi o único do Brasil a oferecer esta formação em Arquitetura e Urbanismo.
Propõe um processo de formação no qual pesquisadores, profissionais e professores procuram conhecer, debater e atuar frente aos desafios impostos pela realidade, sobretudo brasileira e latino-americana, com o compromisso social de uma universidade pública em compreender e responder às demandas da sociedade. Além disso, procura contribuir para o entendimento e enfrentamento das questões relativas à sua área de conhecimento, repercutindo em todos os níveis da política urbana e afins. Seus professores, egressos e alunos são frequentemente convocados ao debate e à formulação dessas políticas.
Nestes mais de 50 anos foi e ainda é o maior programa do país, referência nacional e internacional, formou diversos docentes de outros programas de pós-graduação e de graduação no Brasil. Está bem classificado internacionalmente, dados de 2024 mostram que ocupa o 39º lugar no mundo no “QS World University Ranking by Subject” em 2024, 2º lugar na América Latina depois da Pontificia Universidad Católica de Chile, PUC-Chile. Essa classificação considera o alto grau de empregabilidade, reputação acadêmica, citações por paper, H-Index cTodas as páginasitations (neste ocupa o 1º lugar na América Latina). Já o mestrado em Arquitetura e Urbanismo foi classificado em 2024 como o 17º melhor programa de mestrado do mundo, segundo o Best Architecture Masters Ranking (BAM).
A relevância e reputação nacional e internacional conferem ao Programa escala nacional e internacional de abrangência. Ainda que a maioria de seu corpo discente seja residente no Estado de São Paulo, é sempre expressiva a presença de alunos de todas as macrorregiões do país e, em menor número, de estudantes de outros países.
Como se organizou e se organiza
Logo após sua criação, em 1972, organizou-se em uma única área de concentração intitulada “Estruturas Ambientais Urbanas”, para que o Programa pudesse cobrir a diversidade de pesquisas e campos do conhecimento da arquitetura e do urbanismo existentes na FAU-USP, fundada em 1948.
Em 1990, foi lançado o n. 1 da Revista da Pós FAUUSP, hoje classificada como Qualis A2 (ISSN impresso 1518-9594, ISSN eletrônico 2317-2762). Administrado Administrada pelo PPG-AU, seu objetivo é publicar os resultados de pesquisas nacionais e internacionais, por meio de artigos inéditos, revisados pelo sistema double blind peer review, e assim contribuir para a divulgação da produção científica desenvolvida nas diversas áreas relacionadas à arquitetura, ao urbanismo e ao design. Para saber mais, consulte a página da Revista PósFAUUSP.
Em 2002, após um grande processo de discussão interna, que envolveu um Seminário dos 30 anos de Pós, o Programa foi remodelado em oito áreas de concentração, assumindo seu caráter interdisciplinar: Habitat, História e Fundamentos da Arquitetura e Urbanismo, Paisagem e Ambiente, Planejamento Urbano e Regional, Projeto de Arquitetura, Projeto, Espaço e Cultura, Tecnologia da Arquitetura e Design e Arquitetura.
Em 2013, foi criada uma comissão que debateu o formato do mestrado e propôs um novo mestrado mais curto (passou de 36 para 24 meses) regulado pelo Regimento de 2013. Nele, a pós era enunciada como voltada para a criação de conhecimento, à formação de docentes, pesquisadores e profissionais com amplo domínio dos campos da Arquitetura, Urbanismo e Design, autonomia de pesquisa e capacidade de inovação. Procurava-se também diferenciar os objetivos de mestrado e doutorado, que passavam a ser exigidos para o ingresso em várias universidades públicas.
Em 2017, a FAU-USP passa a ter dois Programas de Pós-graduação: um em Arquitetura e Urbanismo (PPG-AU FAU-USP), no qual momento em que a área de Design e Arquitetura se extinguiu, passando de oito para sete áreas de concentração; e o recém aberto Programa de Design (PPG-Design).
Em 2021, com a reformulação do site da FAU-USP, o PPG-AU ganha uma página dentro do site da instituição.
Em 2018, inicia-se um processo de discussão e elaboração de proposta para inclusão de critérios para realização de Política de Ação Afirmativa na Pós FAU-USP, é criado um Grupo de Trabalho que discutiu como seria construída uma política abrangente de ingresso e permanência como ações afirmativas para determinados grupos sociais. Esse debate incluiu no regulamento que seria aprovado em 2021, que os editais de processos seletivos definiriam o número de vagas e forma de acesso para autodeclarados para vagas de ações afirmativas.
Em 2021, o Regulamento do Programa foi alterado substancialmente, e depois atualizado em 2024. Sua revisão procurou estimular que docentes e discentes, individualmente e juntos, disseminem suas pesquisas em publicações bibliográficas como artigos científicos, eventos acadêmicos, capítulos de livros, entre outros. Além disso ampliou o número de orientandos por orientador de seis para oito; adotou critérios de credenciamento e recredenciamento de orientadores mais rigorosos, exigindo experiência em orientações e produções intelectuais classificadas entre os quatro maiores estratos de classificação do Sistema Nacional de Pós-Graduação (atualmente Qualis); e, da mesma forma, passou a ser exigida produção bibliográfica classificada dos alunos, comprovada até o depósito final do trabalho.
Também em 2021, iniciou-se a Política de Ações Afirmativas no Processo Seletivo visando o ingresso e permanência de candidatos pretos, pardos, indígenas, pessoas trans (transgêneros, transexuais e travestis). Foram recuperados documentos do GT de 2018, lidas e debatidas propostas de editais de outros processos seletivos da USP. ofertando inicialmente 10% das vagas por área de concentração, percentual que subiu para 30% em 2024. É possível também que os autodeclarados sejam aprovados nas vagas de ampla concorrência, mantendo a reserva de vagas para os que precisem dela para o ingresso.
Também em 2021, o Edital de Concessão de Bolsas CAPES/CNPq ofertadas ao Programa, passou a incluir prioridade aos recém ingressantes em vagas de ações afirmativas, para além dos já existentes critérios socioeconômicos, garantindo bolsa para os ingressantes que mais precisam de apoio à permanência.
Desde 2021 o Programa tem optado por estimular a participação em eventos científicos, trabalho de campo, e o envio de artigos para periódicos e capítulos de livro, apoiando com recursos para revisão de português ou tradução. Faz isso através de editais periódicos que obedecem a estes critérios para a utilização dos recursos e cuja seleção dos premiados se dá por meio de comissão, sempre composta po representantes discentes. Cerca de ¼ dos discentes recebeu este apoio nos últimos anos, segundo aferido pelo questionário de autoavaliação.
Em 2022, as comemorações apelidadas de Conversas 50+ Pós reuniram diferentes professores, ex-presidentes de Comissão de Pós-Graduação e Comissão do Programa em AU e Design, em vídeos gravados por uma comissão que incluía docentes e discentes. O desejo foi buscar novas formas de contar a trajetória da Pós, de seus cursos em AU e Design. Foram entrevistadas Clice de Toledo Sanjar Mazzilli, Ermínia Maricato, Maria Ângela, Maria Cristina Leme, Maria Lucia Gitahy, Maria Lucia Refinetti, Nestor Goulart, entre outros.
Em 2023 foi iniciada a autoavaliação do programa, que veio a integrar um contexto de avaliação mais amplo, estimulado pela Universidade de São Paulo (USP). O relatório final foi apresentado em 2024, quando a USP também realizou processo de autoavaliação de seus programas.
Em 2024, a página do PPG-AU FAU-USP é atualizada, o Programa passa a ter uma playlist específica de vídeos no Youtube da FAU-USP. Suas atividades também são disseminadas nas redes sociais da FAU-USP, com identidade visual específica.
Em 2024, as sete áreas de concentração passaram por uma reformulação de suas linhas de pesquisa, tendo algumas delas alteradas, diminuídas, outras se uniram, outras foram completamente reformuladas em seu conteúdo, ainda que tenham mantido o mesmo nome. A atual estrutura evidencia uma atualização de temas e abordagens, um avanço na organização das investigações, articuladas com os projetos de pesquisa de docentes e alunos.
Profa. Dra. Paula Freire Santoro
Coordenadora
Prof. Dr. Fábio Mariz Gonçalves
Vice-Coordenador
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